- Com a arbitragem do colombiana Oscar Ruiz, o Brasil enfrentou, em Maracaibo, a seleção do Uruguai, na busca por uma vaga na final. A seleção de Dunga entrou no gramado do estádio José Encarnación com a mesma equipe que massacrou o Chile. O Uruguai entrou com uma formação de três zagueiros, Lugano, Scotti e Rodríguez, mas com um apoio ofensivo forte pelo lado esquerdo, com as descidas de Fucile. No ataque, Recoba e Forlán. Além da moral obtida na goleada sobre os donos da casa, os uruguaios entraram com um bom retrospecto recente contra o Brasil. A última vitória brasileira no
tempo normal foi na final da Copa América de 1999, 3 a 0. De lá pra cá, o resultado que mais tem se repetido é o empate. Na última Copa América, a seleção brasileira empatou por 1 a 1 com o Uruguai nas semifinais, mas venceu nas cobranças de pênalti. A partida da noite de ontem não seria muito diferente daquela anterior.

Blecaute defensivo
- O jogo começou com certo equilíbrio, nenhuma das equipes conseguia impor o seu ritmo, e com muita luta pela posse de bola no meio-campo. Era o jogo de duas boas defesas, que se recuperaram depois do fracasso na estréia. Mas o Brasil se mostrava ligeiramente melhor no ataque, conseguia trabalhar, mesmo que timidamente, a bola pelas laterais. E foi assim que a equipe de Dunga abriu o placar. Júlio Baptista avançou pela direita e rolou para a grande área. Vágner Love não dominou, Mineiro parou no goleiro Carini, mas Maicon conseguiu completar para o gol, aos 13 minutos (foto acima: AP). Dois minutos após o gol, quando o Brasil chegava com Robinho pela direita, o refletor do lado do ataque brasileiro se apagou. O árbitro Oscar Ruiz paralisou a partida por 13 minutos e decidiu que havia condições de jogo. O confronto ficou mais aberto, com o Uruguai mais presente no campo de ataque, mas ainda assim sem muita eficiência. O Brasil também não se comportava bem no ataque e tentava sair pelos contra-ataques. Aos 39, Baptista cobrou falta à direita do gol, porém o Uruguai chegaria com mais perigo dois minutos depois. Recoba foi busca a bola no meio-campo, passou por dois marcadores brasileiros e dividiu com a zaga. A bola sobrou limpa para Forlán, que dominou, na entrada da área, e chutou forte. Doni voou bonito e fez espetacular defesa com a mão direita. Aos 43, Recoba recebeu no lado esquerdo e chutou com força com a perna direita. Mas Doni fez nova importante intervenção. O Brasil deixou o Uruguai crescer na partida, fazendo um jogo muito burocrático e pouco empolgante. A seleção de Dunga responderia por duas vezes, com boas descidas de Maicon. No entanto, a seleção de Oscar Tabárez chegaria ao empate aos 49

Recuou, tem que rezar...para não sofrer gol
- Foi isso o que o Brasil fez na segunda etapa. Recuou, começou a assistir o jogo, abdicou do ataque e esperou o jogo passar, rezando para que o Uruguai não empatasse o jogo. A seleção de Dunga até começou o segundo tempo melhor, com mais controle do jogo. Mas logo o Uruguai tomou a iniciativa ofensiva e passou a dominar a partida. Não atacava com muita profundidade, apenas circundava a grande área brasileira, na busca de um espaço para atacar com mais ímpeto. O Brasil se mostrou tímido no ataque, não buscava tomar a bola adversária e sair com velocidade. Adotou a postura utilizada nas partidas anteriores às quartas-de-final: recuar para manter o resultado. E acabou pagando o preço por isso. O Uruguai foi modificado antes do início da segunda etapa. Recoba, não totalmente recuperado de lesão, e Rodríguez deram lugar a Abreu e González. Aos 24, o atacante Abreu empatou a partida novamente. Cristian Rodríguez, que não vinha jogando bem, passou pela esquerda e cruzou. Forlán desviou e Abreu apareceu pelo lado direito, para mandar para o gol. Com muita luta, muita persistência, os uruguaios chegaram ao merecido empate. Quando o Brasil quis acordar, já não dava mais tempo. Dunga colocou em campo Diego, e, mais tarde, Afonso Alves. Mas a postura pouco mudou. A partida terminou empatada e a vaga seria decidida em uma emocionante série de cobranças de pênalti.
Lugano, mais brasileiro do que nunca
- Na primeira rodada de penalidades, Robinho fez para o Brasil e Forlán bateu no meio do gol, facilitando a defesa de Doni. Depois, Juan e Gilberto Silva, Scotti e González converteram as suas cobranças. Chegou a vez de Afonso Alves, desconhecido do povo brasileiro, vice-artilheiro da última temporada européia: na trave. Cristian Rodríguez fez o dele e empatou a série. Diego e Abreu converteram as últimas

Um comentário:
isso ai, quero ver a argentina hoje.rs
abraços
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