sexta-feira, 29 de junho de 2007

Paraguai massacra Colômbia e Argentina goleia na estréia

- O grupo C, ou grupo da morte, teve início ontem, com duas partidas repletas de gols. O Paraguai goleou a Colômbia e calou os duvidosos sobre sua possível passagem para a segunda fase. Já a Argentina, começou perdendo, mas conseguiu virar o placar no segundo tempo e golear os Estados Unidos. Na segunda-feira, a Argentina pega a Colômbia, enquanto o líder Paraguai encara a seleção dos Estados Unidos.

Roque Santa Cruz, o goleador
- A Colômbia começou melhor que os paraguaios. Atacando com velocidade, principalmente com Ferreira, a seleção conseguia chegar com perigo ao gol do Paraguai, mas tropeçava na falta de categoria na hora de finalizar. A grande chance de abrir o placar veio aos 24 minutos. David Ferreira recebeu na lateral da área e foi derrubado por Riveros. A marcação do pênalti gerou muita reclamação por parte dos paraguaios, mas o árbitro Jorge Larrionda manteve sua decisão. Dominguez foi para a cobrança, mas bateu mal, facilitando a defesa do goleiro Villar. Se a Colômbia desperdiçou as chances que criara, o Paraguai aproveitou muito bem as oportunidades de ataque. Aos 28, o lançamento do campo de defesa pegou a zaga colombiana mal posicionada e deixou Santa Cruz em plenas condições de tocar na saída do goleiro (na foto ao lado, Bonet e Santa Cruz comemoram o primeiro gol do Paraguai: Reuters). A Colômbia sentiu o gol, principalmente por ter desperdiçado um pênalti minutos antes. A segunda etapa, então, não reservara nada de bom para a equipe de Jorge Luis Pinto. Com 20 segundos de bola rolando, o Paraguai ampliou o placar, novamente com Santa Cruz. Depois do lançamento, de novo do campo de defesa, ele ganhou do zagueirão Córdoba e bateu cruzado, com muita categoria, para o gol de Calero. A Colômbia reagiu na partida, sempre com lances de perigo de Edixon Perea. Aos 21 e 25, ele parou no goleiro Villar. Mas o Paraguai mostrou a eficiência que tem e ampliou o placar aos 34 minutos. Santa Cruz aproveitou o cruzamento da direita e marcou o terceiro dele no jogo, se tornando o artilheiro isolado da competição. A Colômbia mostrou sinais de desistência e os paraguaios aproveitaram para construir um importante saldo de gols, logo na estréia. Aos 39, Cabañas acertou um certeiro chute da entrada da área, depois do passe que veio do lado esquerdo. Santa Cruz não marcou porque havia saído minutos antes, mas Cabañas ainda marcou o quinto do Paraguai e mostrou que a seleção está farta de artilheiros. Aos 42, ele recebeu lançamento da esquerda, avançou e tocou na saída do goleiro. Uma goleada convincente, contra um time que era candidato a surpresa da competição. A Colômbia agora terá a Argentina pela frente e corre sérios riscos de ser eliminada. Já o Paraguai tem chances de selar sua classificação contra os Estados Unidos.

Americanos aprendem o ritmo do Tango
- A Argentina entrou em campo para enfrentar os Estados Unidos e deve ter pensado que não teria muitas dificuldades em bater a modificada seleção de Bob Bradley. Mas a forte marcação imposta pelos americanos, desde os minutos iniciais, impediram que os argentinos mostrassem todo o potencial da equipe de Basile. A surpresa foi tamanha, que os americanos abriram o placar logo aos 8 minutos de jogo. Riquelme perdeu a bola no meio-campo e o atacante Johnson foi lançado. Na corrida entre dois marcadores, Gabriel Milito o empurrou sutilmente e o juiz não deixou passar a irregularidade, marcada dentro da grande área. O mesmo Johnson foi para a cobrança e deixou os americanos em vantagem e Maradona, que assistia ao jogo das tribunas do estádio José Encarnación, nada contente com a atuação da Argentina. Messi não conseguia entrar na grande área como gostaria, Zanetti tinha dificuldades em passar pelo bloqueio armado pelo lado direito e Riquelme, sempre que recebia a bola, era acompanhado por dois marcadores. O jeito era chegar ao gol pela bola parada. Aos 12, depois da falta cobrada por Riquelme, Heinze dividiu com o goleiro Keller e Crespo completou para o gol, empatando a partida em Maracaibo. A Argentina manteve a bola no ataque o tempo todo, mas a marcação em linha e por pressão dos americanos ora deixava os atacantes argentinos em impedimento, ora cercados por um pelotão de zagueiros ianques. A marcação do considerado frágil time americano era ferrenha, mas a Argentina também não mostrava muita disposição e criatividade para furar o bloqueio adversário. A seleção só conseguiu criar uma chance de perigo novamente aos 40 minutos. Riquelme achou espaço na entrada da área e fez lançamento para a grande área. Crespo pegou de primeira, mas errou o alvo. Dois minutos depois, foi a vez de Verón. O meia recebeu bom passe de Cambiasso e fuzilou para o gol. A bola foi desviada por Keller e ainda tocou o travessão. No escanteio, o goleiro americano evitou por outra vez o gol da virada argentina, espalmando a cabeçada à queima roupa, dentro da pequena área. Os americanos, que praticamente abdicaram do ataque, tiveram a última chance do primeiro tempo. Feilhaber, o autor do gol do título da Copa Ouro, chutou de longa distância, mas Abbondanzieri defendeu com segurança. Na segunda etapa, o panorama continuou o mesmo e Basile decidiu mudar o comportamento de sua equipe. Ele tirou Cambiasso para colocar em campo o meia Aimar. Aos 16, Messi conseguiu se infiltrar na zaga americana pela primeira vez na partida e por pouco não virou o placar. A jogada animou a Argentina, que virou o placar três minutos depois da tentativa do atacante do Barcelona. Ele mesmo recebeu de Riquelme e fez um belo passe para Crespo. O atacante da Internazionale não teve trabalho algum em bater no canto esquerdo do gol, virando o placar (na foto acima, os argentinos comemoram a virada: Reuters). O gol desestabilizou a defensiva americana, que não mais conseguia evitar o jogo envolvente de Riquelme e Messi. Aos 33, Crespo saiu da grande área e recebeu livre pela esquerda. Heinze foi por ele lançado e fez um bom levantamento para a grande área. Aimar veio de trás e marcou o terceiro da Argentina, com uma forte cabeçada. A cinco minutos do fim, Tévez recebeu um lindo lançamento de Riquelme e tocou no canto esquerdo do gol, fechando o placar em 4 a 1. A Argentina não foi brilhante, mas conseguiu uma vitória convincente que reforça o título de favoritos à conquista do torneio. Já os Estados Unidos, fizeram um bom primeiro tempo, dentro da proposta defensiva, porém não resistiram aos argentinos na segunda etapa e acabaram caindo no tango. E podem também cair de vez na competição, diante do Paraguai.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Chile vence de virada e Brasil decepciona na estréia

- Ontem, Chile e Equador e Brasil e México deram o pontapé inicial do grupo B. O Chile surpreendeu, batendo o Equador de virada, naquela que foi a melhor partida do torneio até aqui. O Brasil entrou em campo com certa confiança, para enfrentar um México desestabilizado. Mas quem mostrou desorganização foi a seleção brasileira, que foi derrotada logo na estréia da competição. No domingo, o Brasil pega o Chile no fim da tarde, enquanto o México mede forças com o Equador. As duas partidas serão realizadas na cidade de Maturín.

Virando a mesa
- A partida entre Chile e Equador começou com muito equilíbrio e cautela. Pelo menos até os 15 minutos do primeiro tempo. Depois do tiro de meta, Mendez dominou a bola no meio-campo e fez um lindo lançamento para Valencia, pegando a zaga chilena mal posicionada. Ele recebeu em velocidade, invadiu a área e tocou na saída do goleiro para abrir o placar em Puerto Ordaz. Mas o Chile não se assustou com o gol e empatou a partida minutos depois. Suazo tabelou na entrada da área com seu parceiro de ataque Navia e acertou um lindo chute, que o goleiro Mora não conseguiu interceptar (na foto ao lado, Suazo finaliza para o gol: Reuters). Em ritmo frenético, o Equador partiu pra cima do Chile e conseguiu retomar a vantagem no placar. Aos 22, depois do cruzamento da direita, Valencia cabeceou por trás da zaga, o goleiro Bravo não alcançou e Benítez completou para o gol. Os equatorianos se animaram e quase chegaram ao terceiro. Castillo fez boa jogada e acertou o travessão do gol chileno. Jogando melhor, o Equador manteve o ritmo na segunda etapa. Já o Chile apresentou muitos erros no meio-campo e não conseguia encaixar bons contra-ataques. Mesmo assim, a equipe de Nelson Acosta conseguiu chegar ao empate e à virada. Aos 34 minutos, Lorca, que saiu do banco de reservas, enxergou dois homens sozinhos no lado esquerdo da grande área. Ele fez um consciente lançamento para Suazo, que dominou bonito no peito, depois da falha de marcação de De La Cruz, e bateu forte na saída do goleiro Mora, marcando o segundo dele no jogo. Com um Equador abatido e já satisfeito com o empate, o Chile aproveitou para virar o placar. E com mais um belo gol. Villanueva, que entrou durante a partida, fez uma cobrança de falta quase perfeita, no ângulo esquerdo da meta equatoriana. Uma espetacular vitória, para um time que era considerado como um mero coadjuvante neste grupo. Pode muito bem se classificar entre os dois primeiros. Já o Equador tem a difícil missão de conseguir bons resultados contra México e Brasil, se quiser passar para a segunda fase e não repetir o fracasso de 2004.

De sorriso amarelo
- Foi assim que a seleção brasileira ficou depois da derrota diante do México, que viveu momentos ruins antes da estréia na Copa América. Mas, no começo do jogo, as coisas andavam bem para o Brasil. Atuando com cinco homens no meio-campo, Vagner Love no ataque e com Doni no gol, uma surpresa para quem esperava Hélton entre os titulares, a seleção mostrou um bom posicionamento defensivo e conseguia trabalhar a bola no campo de ataque. Começou tão bem, que, aos 6 minutos, até abriu o placar. Maicon chutou da entrada da área e, na sequência do lance, Diego completou para o gol. Mas o bandeirinha acabou vendo impedimento do meia do Werder Bremen onde não existia irregularidade alguma. Robinho, aos 22, tentou de bicicleta, mas errou o alvo. O Brasil continuou jogando com a bola no pé, mas, em um erro na saída de bola, o México iniciou a contagem de gols em Puerto Ordaz. Cacho dominou a bola na meia direita e fez um bom lançamento para o atacante Nery Castillo. O jogador do Olympiakos recebeu na grande área, aplicou um lindo chapéu em Maicon e tocou na saída de Doni (foto abaixo: AP). Um belo gol que deixou o Brasil atordoado em campo. A partir daí, os meias da seleção brasileira passaram a errar passes e dar chances para os jogadores mexicanos dominarem o jogo. A falta de tranquilidade atrapalhou, principalmente no lance que originou o segundo gol do México, três minutos depois do primeiro. Diego perdeu a posse da bola ainda no campo de defesa e fez falta na entrada da área. Morales foi para a cobrança e acertou o canto direito do gol. Doni ficou paralisado, mas sem razão. Daria para o arqueiro da Roma ter alcançado a bola, se tivesse saído do chão. O México tomou conta da partida e deu poucas chances para o Brasil criar jogadas de qualidade no ataque. A última boa chance do primeiro tempo surgiu com Robinho, que chutou com perigo de fora da área, aos 42 minutos. Dunga decidiu mexer no esquema 4-2-3-1 e colocou dois homens de força ofensiva: Afonso Alves no lugar de Diego e Anderson, agora jogador do Manchester United, no posto de Elano, que fez um primeiro tempo muito ruim. O Brasil voltou com outra cara para a segunda etapa. Robinho entrou mais ligado e o entrosamento com Anderson gerou muitas chances de gol para a seleção. Logo aos 6, depois do cruzamento de Gilberto, Anderson dominou no peito e bateu à esquerda do gol. Aos 15, Robinho ligou com Anderson, que fez bom cruzamento para a grande área. Afonso Alves dominou e bateu de primeira, mas o goleiro Ochoa fez boa intervenção. A seleção brasileira dominava a partida e criou muitas chances de gol, sempre com a participação de Robinho na criação das jogadas. Aos 27, foi ele quem passou por dois marcadores pelo lado direito e acertou o travessão. Dois minutos depois, Alex apareceu na grande área para aproveitar o escanteio, mas Pinto tirou em cima da linha. Mesmo pressionando por toda a segunda etapa, o Brasil foi ineficiente em passar pelo goleiro Ochoa e pela zaga mexicana. E ainda quase sofreu o terceiro gol, em jogada de contragolpe. Aos 47, Castillo recebeu sozinho no ataque, driblou Doni e, incrivelmente, errou o gol vazio, chutando à direita. Méritos para o México, que aproveitou os erros do Brasil no primeiro tempo e as chances que teve de marcar. A seleção chegou nesta Copa América em um clima nada favorável para a disputa do torneio. Jogadores importantes, como Osorio, Pardo e Salcido, pediram dispensa da seleção, alegando o cansaço da temporada européia. Para a estréia, o técnico Hugo Sánchez perdeu o volante Guardado, machucado, além do artilheiro Borgetti, que foi cortado da competição por contusão. Sánchez também vinha sendo duramente criticado pela imprensa, principalmente pela derrota na final da Copa Ouro diante dos Estados Unidos. Hoje, nos jornais mexicanos, a história era outra. Ele foi saudado pela imprensa e virou herói nacional. "Hugo Sánchez para presidente"", estampou o jornal local El Universal. Já o Brasil lamenta o fracasso logo na estréia da competição. Apesar do bom segundo tempo, a seleção não conseguiu reverter a desvantagem. Mas a boa atuação no segundo tempo pode render mudanças táticas para a partida contra o Chile, apesar da cautela e mistério de Dunga sobre o assunto. "A gente tem que pensar. A gente assistiu duas vezes o jogo com o México, analisamos algumas situações que são internas e não podemos revelar", declarou o técnico da seleção nesta quinta, deixando dúvidas sobre quem será titular no domingo.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Uruguai dá vexame e Venezuela empata, na rodada de abertura

- A Copa América teve seu início na noite de ontem, com duas movimentadas partidas repletas de gols, valendo pelo Grupo A. O Uruguai enfrentou o Peru e foi goleado por 3 a 0. Um resultado inesperado e que deixa a celeste em maus lençóis para as próximas partidas. A Venezuela, anfitriã do torneio, enfrentou a Bolívia, que conseguiu o empate por 2 a 2 no fim da partida, frustrando os torcedores da casa. O Peru já aparece como líder do grupo e, na próxima rodada, pega os donos da casa. Já o Uruguai tem um difícil confronto contra os bolivianos.

A vergonha veste azul celeste
- Uruguai e Peru. Estádio Metropolitano, em Mérida. Esperava-se um jogo equilibrado e de muita disputa, especialmente pela tradicional garra do Uruguai e pelo bom elenco do Peru. Mas o que se viu foi um time sem saber o que fazer com a posse de bola e outro usando a arma do contra-ataque de forma muito eficiente. O jogo começou morno, com as duas equipes ainda tentando se habituar ao clima de Copa América. Mas quem tratou de esquentar a partida foi o Peru. Aos 26, depois da cobrança curta de escanteio, Farfán dominou pela meia esquerda e cruzou para a grande área. Villalta subiu mais que a zaga e surpreendeu o goleiro Carini, abrindo a contagem de gols da Copa América (na foto ao lado, Villalta cabeceia para o gol: Reuters). Cinco minutos depois, o peru ainda teve um gol anulado. Pizarro parou no goleiro Carini, mas, na sobra, Guerrero completou para o gol. O Uruguai enfim acordou na partida depois do gol e começou a sair mais para o ataque. Aos 45, Estoyanoff arriscou de fora da área e o goleiro Butrón fez bela defesa. A segunda etapa prometia um jogo mais veloz e um Uruguai ganancioso na busca pelo empate. E, realmente, a celeste conseguiu criar boas chances de gol e manter a bola no ataque. Só não contavam com o jogo de contra-ataque armado pelo Peru, que funcionou aos 24 minutos. Mariño recebeu pela meia direita e chutou da ponta da grande área, acertando o ângulo esquerdo do gol. O lindo gol peruano sepultou as esperanças do Uruguai, que ainda tomou o terceiro. Guerreiro tocou para Mendoza, que apareceu livre na grande área. Ele centrou rasteiro e Paolo Guerreiro ampliou o placar aos 42 minutos do segundo tempo. Resultado vergonhoso para o Uruguai e maravilhoso para o Peru. O saldo de gols pode fazer diferença na decisão dos classificados, especialmente para quem terminar na terceira colocação. Quem esperava o renascer do Uruguai nesta Copa América já começa a ter sérias dúvidas sobre o potencial dessa seleção. Potencial que o Peru deixou muito evidente, com as ótimas atuações de Farfán, Guerrero e o experiente Pizarro.

Estraga prazeres
- Apesar de ser o segundo jogo da primeira rodada, Venezuela e Bolívia protagonizaram a partida que realmente abriu a Copa América. O estádio Pueblo Nuevo e a cidade San Cristóbal estavam em festa. Os polêmicos Hugo Chávez, presidente da Venezuela, Evo Morales, presidente da Bolívia e Maradona estiveram no jogo de abertura e deram o pontapé inicial. Para a Venezuela era a chance de vencer seu segundo jogo na história da Copa América, novamente contra a Bolívia e começar a competição com muita moral - a única vitória foi na Copa de 1967, 3 a 0 sobre os bolivianos. Os adversários, além de frustrar a torcida, queriam arrancar uma importante vitória sobre os donos da casa. A Bolívia mostrou que tem um meio-campo superior e tinha o domínio da posse de bola. A Venezuela tentava atacar da maneira que desse, impulsionada pelo grito de 40 mil torcedores. Sem ofensivas mais profundas, as seleções procuravam arriscar de fora da área, até que, aos 20, os donos da casa abriram o placar. Depois do erro boliviano na saída de bola, a bola sobrou para Maldonado, que invadiu a área e bateu cruzado (na foto ao lado, ele explode em euforia depois do gol: AFP). Os venezuelanos se animaram na partida e equilibraram forças com o adversário. Mas a Bolívia, que vinha mostrando um jogo eficiente pelas laterais, empataria a partida aos 38 minutos. O atacante Moreno dominou a bola pela meia esquerda, passou por dois marcadores com uma bela finta e chutou cruzado. A bola ainda desviou no zagueiro Cichero antes de ir para o fundo das redes. A Bolívia foi ligeiramente melhor no primeiro tempo e mereceu o empate. Na segunda etapa, a Venezuela voltou mais ligada e dominou os primeiros minutos. Aos 10, veio o gol que deixou os anfitriões novamente em vantagem. Páez recebeu com liberdade pela direita, avançou e tocou com categoria na saída do goleiro Galarza. O gol, novamente, foi originado de um erro na saída de bola da Bolívia. Mas a equipe visitante ainda assim se saiu melhor no fim. Arce, ao invés de carregar a bola pela meia direita, foi para a grande área e aproveitou o cruzamento de Cabrera para empatar a partida em 2 a 2, a 7 minutos do apito final. A Venezuela agora precisa esquecer da decepção na estréia e se concentrar na partida contra o Peru, que saiu com um belo resultado da estréia. Já a Bolívia tem o abatido Uruguai pela frente.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Seleções do Grupo C

Argentina (37 participações; campeã em: 1921, 1925, 1927, 1929, 1937, 1941, 1945, 1946, 1947, 1955, 1957, 1959, 1991, 1993) - Há mais de 13 anos sem conquistar um título, a seleção argentina quer acabar com a má fase e vencer a Copa América pela 15ª vez em sua história, se isolando como a maior campeã do torneio - o último título foi exatamente a Copa América, em 1993. Na última edição do torneio, realizado no Peru, a Argentina chegou a final, porém foi derrotada pelo Brasil, em uma partida que marcou profundamente os hermanos. Desde então, a seleção tem passado por uma renovação, que começou pela comissão técnica. Depois de dois fiascos consecutivos de Marcelo Bielsa, que também dirigiu a Argentina na Copa de 2002, José Pekerman passou a ser o treinador. Não fez um trabalho ruim, mas não conseguiu fazer com que a Argentina passasse das quartas-de-final na Copa da Alemanha. Os argentinos então recorreram a um homem conhecido, com experiências vitoriosas pela seleção: Alfio Basile. Ele havia dirigido a Argentina de 1990 a 1994, conquistando duas taças da Copa América. Saiu devido ao insucesso na Copa dos Estados Unidos. Na primeira conquista da época, em 1991, Basile tirou a Argentina de um jejum de 32 anos sem conquistar o torneio. Ele retornou em setembro passado, para tentar fazer o mesmo. Se na comissão técnica, um velho homem voltou à ativa, entre os jogadores, a aposta está nas novas revelações e em jogadores que eram pouco aproveitados há alguns anos. As maiores esperanças estão em Messi, craque do Barcelona e possível sucessor de Maradona, pelas jogadas semelhantes ao gênio argentino de outros tempos (na foto acima, ele comemora seu primeiro gol em copas, sobre a Sérvia: Getty Images). Tévez, que fez uma boa temporada no West Ham, também aparece como um destaque ofensivo da equipe. Ele atuou no fracasso de 2004, mas agora quer reconquistar seu espaço na seleção. Basile também convocou jogadores que fizeram sucesso pela seleção, como Verón e Riquelme. Do Boca, também foram chamados o atacante Palacio e o lateral Ibarra, que recentemente conquistaram a Copa Libertadores sobre o Grêmio. A equipe, pelo menos no papel, possui o melhor elenco da Copa América. Resta saber se esse elenco fará real diferença contra os adversários, especialmente na estréia, diante dos Estados Unidos, na quinta-feira. Convocados: Goleiros - Roberto Abbondanzieri (Getafe - ESP), Juan Pablo Carrizo (River Plate) e Agustín Orión (San Lorenzo); Defensores - Roberto Ayala (Valencia - ESP), Javier Zanetti (Internazionale - ITA), Nicolás Burdisso (Internazionale - ITA), Hugo Ibarra (Boca Juniors), Daniel Díaz (Boca Juniors), Gabriel Milito (Zaragoza- ESP), Gabriel Heinze (Manchester United - ING); Meias - Lucho González (Porto - POR), Javier Mascherano (Liverpool - ING), Esteban Cambiasso (Internazionale - ITA), Fernando Gago (Real Madrid - ESP), Pablo Aimar (Zaragoza - ESP), Juan Sebastián Verón (Estudiantes de La Plata) e Juan Román Riquelme (Boca Juniors); Atacantes - Lionel Messi (Barcelona - ESP), Hernán Crespo (Internazionale - ITA), Diego Milito (Zaragoza - ESP), Carlos Tévez (West Ham - ING) e Rodrigo Palacio (Boca Juniors).

Estados Unidos (2 participações; melhor colocação: 4° lugar em 1995) - Sem Donovan e Beasley, o técnico Bob Bradley terá trabalho em armar a seleção americana para a disputa da Copa América. Além dos dois desfalques ofensivos, Bocanegra, Dempsey e Mastroeni também ficaram fora da convocação final. O técnico quer formar uma base de jogadores novos e que atuem na MLS, a Major League Soccer. Bob era assistente de Bruce Arena, que dirigiu os Estados Unidos na última campanha. Um fiasco. A seleção terminou na 25ª colocação, longe do 8° lugar de 2002. Mas, nesta competição, os norte-americanos querem mostrar melhores resultados. Quatorze, dos 22 convocados, têm menos de 26 anos e 15 atuam na MLS. O jogador mais experiente do elenco é o goleiro Kasey Keller, de 33 anos e que disputa sua segunda Copa América (na foto acima, ele faz uma bela defesa contra a Itália na Copa da Alemanha: Patrick Seeger © Scanpix). Na final da Copa Ouro, disputada em solo americano no último domingo, os Estados Unidos venceram o México por 2 a 1, mas, durante o torneio, foram usados jogadores que não estarão na Venezuela. Estranho e muito ruim para a seleção, que terá que se desdobrar para, pelo menos, ser um dos dois melhores terceiros colocados e se classificar para a segunda fase. Convocados: Goleiros - Brad Guzan (Chivas - EUA), Kasey Keller (Borussia Moenchengladbach -ALE); Defensores - Jonathan Bornstein (Chivas - EUA), Bobby Boswell (D.C. United - EUA), Dan Califf (Aalborg BK - DIN), Jimmy Conrad (Kansas City Wizards - EUA), Jay DeMerit (Watford FC - ING), Drew Moor (FC Dallas - EUA), Heath Pearce (FC Nordsjaelland - DIN), Marvell Wynne (Toronto FC - EUA); Meias - Kyle Beckerman (Colorado Rapids - EUA), Ricardo Clark (Houston Dínamo - EUA), Benny Feilhaber (Hamburgo - ALE), Eddie Gaven (Columbus Crew - EUA), Sacha Kljestan (Chivas - EUA), Justin Mapp (Chicago Fire - EUA), Lee Nguyen (PSV Eindhoven - HOL), Ben Olsen (D.C.United - EUA); Atacantes - Charlie Davies (Hammarby IF - SUE), Herculez Gomez (Colorado Rapids - EUA), Eddie Johnson (Kansas City Wizards - EUA), Taylor Twellman (New England Revolution - EUA).

Paraguai (32 participações; campeão em: 1953 e 1979) - A seleção paraguaia é conhecida por dar trabalho para os grandes e por sempre estar presente em competições internacionais - participou de 7 mundiais. Mas, ultimamente, tem ficado nisso. Na Copa América, o técnico Gerardo Martino espera mais de sua seleção. Ele chegou ao comando do Paraguai em fevereiro deste ano, credenciado pelo título Apertura e pela boa campanha na Libertadores à frente do Libertad. Na convocação final não houve muitas surpresas, a não ser o atacante Dante López. O jogador do Crotone, time da segunda divisão italiana, segundo Martino, "é um homem que será útil nas jogadas de velocidade". Quem também é veloz e estará na Venezuela é o atacante Roque Santa Cruz. Muito querido no Paraguai, onde é chamado de "Babygol", Roque é o principal destaque da seleção e dele são esperados muitos gols na competição, coisa que ele ao menos tenta fazer no Bayern de Munique (foto acima: Armando Franca). Outros destaques são os atacantes Cabañas e Cuevas, ambos do América do México e o meia Julio dos Santos, que também atua no Bayern de Munique. Mesmo com a falta de novidades nessa seleção, espera-se que o Paraguai passe da primeira fase. O difícil mesmo será passar das quartas-de-final - nas últimas seis campanhas, o Paraguai caiu neste estágio em cinco oportunidades. Convocados: Goleiros - Justo Villar (Newell´s Old Boys -ARG), Aldo Bobadilla (sem clube),Joel Zayas (Bolívar - BOL);Defensores -Claudio Morel (Boca Juniors - ARG), Paulo Da Silva (Toluca - MEX), Darío Verón (Pumas - MEX), Julio César Cáceres (Tigres - MEX), Julio Manzur (Guaraní);Meias - Julio Dos Santos (Bayern de Munique - ALE), Jonathan Santana (Wolfsburgo - ALE), Enrique Vera (LDU - EQU), Edgar Barreto (NEC - HOL), Carlos Bonet (Libertad), Cristian Riveros (Libertad), Edgar González (Cerro Porteño), Aureliano Torres (San Lorenzo - ARG), José Domingo Salcedo (Cerro Porteño); Atacantes - Nelson Cuevas (América - MEX), Salvador Cabañas (América- MEX), Roque Santa Cruz (Bayern de Munique - ALE), Oscar Cardozo (Newell´s Old Boys - ARG), Dante López (Crotone - ITA).

Colômbia (17 participações; campeã em 2001) - Em 2001, a seleção colombiana mostrou que é uma das mais importantes da América do Sul e venceu a Copa América em cima do México, por 1 a 0, atuando em casa. Nesta edição, a Colômbia quer repetir o bom resultado de seis anos atrás e surpreender os favoritos. Para isso, o treinador Jorge Luis Pinto formou um time que mescla experiência e juventude. O experiente de mais destaque é o zagueiro Córdoba, que fará dupla com Perea. Ambos são zagueiros ágeis e de muita força física. Os ataques adversários encontrarão muita rigidez nesta defesa. Do meio pra frente o grande destaque é o meia David Ferreira, que atua no Atlético Paranaense. Ele tem sido o principal jogador atleticano desde o ano passado, feito gols e mostrado um futebol de muita eficiência. Sob o comando de Luis Pinto ele ganhou espaço na equipe e é a principal esperança dos colombianos nesta Copa América (na foto acima, ele treina pelo Atlético Paranaense: Franklin de Freitas) . Mesmo depois da conquista de 2001, a seleção ficou fora das últimas duas Copas do Mundo, perdendo espaço para o Equador. Na última Copa América, parou nas semifinais. Desta vez, a Colômbia terá que deixar a irregularidade recente de lado e se esforçar para repetir as duas últimas boas campanhas. Convocados: Goleiros - Miguel Calero (Pachuca - MEX), Róbinson Zapata (Cúcuta) e Agustín Julio (Tolima); Defensores - Ivan Ramiro Córdoba (Internazionale - ITA), Amaranto Perea (Atlético de Madrid - ESP), Mario Alberto Yepes (PSG - FRA), Aquivaldo Mosquera (Pachuca - MEX), Jaír Benítez (Cali), Javier Arizala (Tolima) e Gerardo Vallejo (Tolima); Meias - Jorge Banguero (América), John Viáfara (Southampton - ING), Jaime Castrillón (Medellín), Camilo Zúñiga (Nacional), Macnelly Torres (Cúcuta), Álvaro Domínguez (Cali), Andrés Chitiva (Pachuca - MEX), David Ferreira (Atlético Paranaense - BRA), Fabián Vargas (Internacional - BRA), Vladimír Marín (Libertad - PAR); atacantes - Sergio Herrera (Cali), César Valoyes (Medellín), Hugo Rodallega (Monterrey - MEX), Luis Gabriel Rey (Morelia - MEX), Edixon Perea (Bordeaux - FRA).

sábado, 23 de junho de 2007

Seleções do Grupo B

Brasil (31 participações; campeão em: 1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999 e 2004) - A Seleção entra na primeira competição oficial depois do fiasco na Copa da Alemanha e busca manter a hegemonia no torneio na última década - nas últimas 4 participações, 3 títulos. Como em 2004, o Brasil entra com uma Seleção sem as principais estrelas, mas a diferença é a renovação da equipe. Com as ausências de Kaká e Ronaldinho, que optaram por não participar do torneio para descansar da temporada européia, e Lúcio, machucado, Dunga convocou jogadores novos, que nunca defenderam a amarelinha em uma competição oficial. O capitão do tetra também é novato em torneios oficiais como treinador e tenta, através de uma política de renovação de peças, montar uma boa base de jogadores, já visando a próxima Copa do Mundo. Depois da preparação na Granja Comary, que durou nove dias, a Seleção viajou para a Venezuela na última quinta-feira, com atraso de três horas no vôo. A equipe está hospedada na cidade de Puerto La Cruz, onde ficará por toda a primeira fase. O desafio começa na quarta-feira, contra o México. Dunga vem treinando com a mesma equipe que usou em Teresópolis e deve usar a formação contra os mexicanos (ontem, Dunga comandou treino na Venezuela: AP). O provável lateral-direito seria Daniel Alves, mas Dunga deve escalar Maicon para a posição, já que o jogador do Sevilla disputa a final da Copa do Rei neste sábado. O técnico também aposta no trio ofensivo que fez sucesso no Santos: Elano, Robinho e Diego. O Brasil chega confiante para o torneio e, é claro, também chega como favorito. Mas ainda falta a essa nova Seleção mostrar o futebol que a consagrou na última década. A chance é agora, em um torneio de nível continental. Time base (para a estréia): Hélton; Maicon, Alex, Juan e Gilberto; Mineiro, Gilberto Silva, Elano e Diego; Robinho e Vagner Love.

México (6 participações; vice em 1993 e 2001) - A seleção busca conquistar a primeira Copa América da sua história. E para isso, tenta esquecer as eliminações nas oitavas-de-final das últimas 4 Copas do Mundo - a última, que aconteceu em uma dolorosa derrota por 2 a 1 para a Argentina na prorrogação. O ex-craque e agora treinador da Seleção mexicana, Hugo Sanchéz, promete um time com um estilo diferente de jogo, que privilegie o ataque e a velocidade. Como o próprio Jorginho, auxiliar-técnico de Dunga na Seleção brasileira, disse: "Eles (os mexicanos) têm uma saída muito rápida da defesa para o ataque, setor em que mesclam velocidade a uma forte jogada de área". Se o versátil zagueiro do Barcelona e capitão do México, Rafael Márquez, der conta do recado na defesa, as coisas realmente podem funcionar na parte ofensiva (na foto acima, ele comemora gol contra a Argentina na última Copa do Mundo: Reuters). Sanchéz convocou o cabeceador Borgetti e o habilidoso e experiente Blanco, Bautista, além do goleador do Chivas, Omar Bravo. No meio-campo, ele conta com a força de Palencia, Medina e Guardado. Mas nem tudo é flores no México. As ausências de Pavel Pardo, Salcido e Ricardo Osorio são muito sentidas. A equipe aparece como favorita, depois de Brasil e Argentina, e deseja fazer história no torneio, desbancando os sul-americanos. Além disso, os mexicanos querem deixar de lado a marca de "time perigoso" e conquistarem a marca de "time campeão", de preferência, da Copa América deste ano. Convocados: Goleiros - Oswaldo Sánchez (Santos), Guillermo Ochoa (América) e Jesús Corona (Tecos); defensores - Jonny Magallon (Guadalajara), Fausto Pinto (Pachuca), Rafael Márquez (Barcelona-ESP), Israel Castro (UNAM), Gonzalo Pineda (Guadalajara), José Antonio Castro (América), Francisco Rodríguez (Guadalajara); meias - Gerardo Torrado (Cruz Azul), Jaime Correa (Pachuca), Ramón Morales (Guadalajara), Jaime Lozano (Tigres), Andrés Guardado (Atlas), Fernando Arce (Monarcas); atacantes - Alberto Medina (Guadalajara), Omar Bravo (Guadalajara), Adolfo Bautista (Guadalajara), Cuauhtémoc Blanco (América), Nery Castillo (Olympiacos-GRE), Jared Borgetti (Cruz Azul), Juan Carlos Cacho (Pachuca).

Chile (33 participações; vice em 1955, 1956, 1979, 1987) - Desde a classificação para a Copa do Mundo de 1998, realizada na França, os chilenos acumularam insucessos, tanto na Copa América, como nas Eliminatórias. Com o treinador Nelson Acosta de volta desde 2004, ele comandou a equipe de 1996 a 2000, o Chile espera retomar o brilho da Seleção de alguns anos atrás, que mesmo sem conquistar títulos, possuía craques como Sierra, Salas e Zamorano e surpreender nesta edição da Copa América. E para enfrentar os favoritos Brasil e México no grupo B, a seleção aposta no talento de um jogador, que é o símbolo da atual equipe. Valdívia, apelidado de o Mago, começou a sua carreira no Colo Colo e agora defende o Palmeiras, onde é muito querido desde quando aportou no Parque Antarctica (foto abaixo: www.dalealbo.cl). No clube, ele tem sido o principal jogador da atual temporada e tem feito falta para a equipe de Caio Junior. Com sua habilidade, velocidade e toques refinados, agora ele tenta colocar o Chile no rol de campeões da Copa América. E não é só ele que está focado neste desafio. A seleção foi a primeira a chegar na Venezuela, na quarta-feira à noite, e já está concentrada na cidade de Puerto Ordaz, onde ficará durante a primeira fase. Apesar de um certo otimismo, o Chile terá que mostrar um futebol realmente efetivo, em um grupo de seleções superiores e mais preparadas. Para isso, outros jogadores importantes terão que atuar bem, como Tello, Mark González e a revelação ofensiva Matias Fernández, até para suprir as sentidas ausências de Maldonado, Jímenez, Alexis Sanchéz e Vidal - os dois últimos disputarão o Mundial Sub-20. A estréia será contra o Equador, no dia 27. Convocados: Goleiros - Claudio Bravo (Real Sociedad-ESP), Nicolás Peric (Audax Italiano) e Fernando Hurtado (Cobreloa); defensores - Pablo Contreras (Celta-ESP), Ismael Fuentes (Jaguares-MEX), Ormeño (Gimnasia La Plata-ARG), Sebastián Roco (Santiago Wanderers), Rodrigo Tello (Sporting-POR), Jorge Vargas (Salzburgo-AUT), Gonzalo Jara (Colo Colo), Miguel Riffo (Colo Colo) e Boris Rieloff (Audax Italiano); meias - Jose Luis Cabión (Melipilla), Matías Fernández (Villarreal-ESP), Gonzalo Fierro (Colo Colo), Manuel Iturra (Universidad de Chile), Arturo Sanhueza (Colo Colo), Rodrigo Melendez (Colo Colo) Jorge Valdivia (Palmeiras-BRA), Carlos Villanueva (Audax Italiano) e Mark González (Liverpool-ING); atacantes - Roberto Gutiîrrez (Universidad Católica), Reinaldo Navia (Atlas-MEX), Rodolfo Moya (Audax Italiano), Juan Gonzalo Lorca (Colo Colo) e Humberto Suazo (Colo Colo).

Equador (23 participações; melhor colocação: 4° em 1959 - torneio Extra, que só contou com 5 seleções- e 1993) - Depois da classificação para os dois últimos mundiais, no último, uma campanha surpreendente até às oitavas, o Equador busca fazer uma boa campanha também na Copa América. O técnico Luis Suarez manteve a base da equipe que disputou a Copa da Alemanha e procura provar a evolução que a seleção tem experimentado nos últimos anos no torneio sul-americano. Em 2004, esperava-se do Equador até mesmo o título, mas a equipe caiu na primeira fase com três derrotas e terminou na última colocação. O Equador de 2007 quer fazer diferente e fazer história conquistando o título. A equipe novamente chega como uma das favoritas e terá grandes desafios logo na primeira fase, diante de México e Brasil. No último mundial, a equipe mostrou que o setor mais forte da equipe é o ofensivo, comandado por Carlos Tenório e Agustín Delgado, que juntos marcaram 4 dos 5 gols do Equador na competição (na foto ao lado, Tenório marca contra a Costa Rica no Mundial 2006: BBC). Porém, a equipe vai disputar o torneio sem Delgado, que foi suspenso por um ano pela FIFA, depois de uma série de agressões entre jogadores da LDU e Barcelona, na final do Campeonato Equatoriano. Já jogadores importantes como De La Cruz, Edwin Tenório, Méndez, Valencia e Reasco, estão confirmados na seleção. Convocados: Goleiros - Cristian Mora (LDUQ) e Marcelo Elizaga (Emelec); defensores - Renán Calle (LDUQ), Oscar Bagüí (Olmedo), Ulises de la Cruz (Reading - ING), Iván Hurtado (Atlético Nacional), Giovanny Espinoza (Vitesse - BEL), Jorge Guagua (Colón) e Néicer Reasco (São Paulo - BRA); meias - Edison Méndez (PSV - HOL), Antonio Valência (Wigan - ING), Segundo Castillo (Estrela Vermelha), Luis Caicedo (Olmedo), Edwin Tenorio, Patrício Urrutia (LDUQ), Walter Ayoví e David Quiróz (El Nacional); atacantes - Carlos Tenorio (Al Sadd), Félix Borja (Olympiacos), Cristian Benítez (El Nacional), Felipe Caicedo (Basel - SUI) e Pablo Palacios (Deportivo Quito).

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Seleções do Grupo A

Venezuela (15 participações; melhor participação: 5°, em 1967) - A seleção "Vinotinto", como é carinhosamente chamada pela população local, chega para a disputa da Copa América confiante. Além de sediar o torneio pela primeira vez, resultados recentes têm deixado os venezuelanos mais atentos ao futebol - o esporte preferido do país é o beisebol. Nas eliminatórias para o mundial de 2002, a seleção venceu quatro dos últimos cinco jogos e pela primeira vez não terminou na última colocação, deixando a lanterna para o Chile. Em 2006, a Venezuela ficou em oitavo, também longe da vaga para a Copa. Mas as cinco vitórias na campanha mostraram que essa seleção era muito superior àquelas anteriores. Com Richard Páez no comando desde 2001, a Venezuela tem passado por um processo de reestruturação. A principal figura desta fase de renovação é o versátil meia-atacante Juan Arango (foto acima: www.goal.com), que atua no futebol espanhol desde 2004, defendendo o Mallorca. Mas o problema é a falta de experiência internacional da equipe. Na Copa América, jogando em casa, a seleção deseja ao menos passar da primeira fase e deixar a ridícula marca de apenas uma vitória na história da competição para trás. E pelo menos nos amistosos deste ano a equipe tem mostrado um significativo avanço: 4 vitórias e 2 derrotas, sendo um triunfo sobre a Suécia. Time base (4-4-2): Renny Vega; Rubén Yori, José Manuel Rey, Grendy Perozo e Luis Vallenilla; Pedro Fernández, Jesús Meza, David Páez, Jesús Meza e Juan Arango; Giancarlo Maldonado e Fernando De Ornelas.


Bolívia (22 participações; campeã em 1963) - Ultimamente, nem se fala muito de Copa América por lá. O veto da FIFA sobre jogos com mais de 2500 metros de altitude deixou os bolivianos furiosos. Até ameaçaram não ir para disputa do torneio na Venezuela, mas agora já têm sua participação confirmada. A seleção é conhecida por só jogar bem quando atua em seus domínios. E na Copa América não é diferente. Foi campeã em 1963, quando o torneio ainda era chamado de Campeonato Sul-Americano, e vice em 1997, quando perdeu a final para o Brasil. Mas a Bolívia ainda busca seu espaço no cenário do futebol sul-americano. Se classificou para a Copa de 1994, mas, desde a derrota na final da Copa América de dez anos atrás, a equipe acumulou insucessos. Nas eliminatórias para o mundial 2006, ficou na última posição. Sem Baldivieso e Etcheverry, perdeu muito em qualidade. Da equipe de hoje, além de Galindo e Vaca, Arce figura como principal jogador e é considerado como a principal revelação do futebol boliviano dos últimos anos. Ele começou no Tahuichi, se mudou para o Oriente Petrolero e atualmente defende o Corinthians. Chegou a ser contratado por empréstimo pela Portuguesa, mas, por problemas de documentação, deixou o clube. Arce atuou como titular por várias partidas, mas, com a chegada de Carpegiani, as coisas mudaram e ele ocupa apenas o banco de reservas. Mesmo assim, ele é a principal - ou talvez única - esperança para a Bolívia na Copa América (na foto acima, ele em ação pelo Oriente Petrolero). Passar da primeira fase é o principal objetivo da equipe dirigida por Erwin Sanchez, ex-jogador esteve presente nos melhores momentos da Bolívia, na Copa de 1994 e na Copa América de 1997. Time base (4-4-2): Sergio Galarza; Nicolás Suárez, Juan Manuel Peña, Oscar Sánchez e Lorgio Álvarez; Ronald García, Gualberto Mojica, Gonzalo Galindo e Joselito Vaca; Arce e Nelson Sossa.

Uruguai (39 participações; campeão em: 1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1926, 1935, 1942, 1956, 1959, 1967, 1983, 1987, 1995) - Maior campeão do torneio com 14 triunfos, ao lado da Argentina, a seleção uruguaia quer reconquistar seu espaço no futebol, onde construiu uma bela história, recheada de grandes conquistas. Na década de 20, ganhou por duas vezes a medalha de ouro nas Olimpíadas, nos anos de 1924 e 1928. Dois anos depois do último feito dourado, entrou para a história conquistando a primeira Copa do Mundo, realizada no próprio país. Foi campeã também da primeira Copa América, em 1916. Porém o feito de maior expressão ainda é a Copa de 1950. Na final no Maracanã, o Brasil perdeu para o Uruguai por 2 a 1, naquele que foi um dos episódios mais tristes do futebol brasileiro e mais espetaculares da história do futebol. No entanto, a seleção atual não reluz como aquela, uma das pioneiras do futebol. Nas eliminatórias para o último mundial, fracasso na repescagem diante da Austrália. A seleção possui alguns jogadores brilhantes, como Forlan e Recoba (na foto acima, ele comemora o gol que levou o Uruguai à repescagem: AP), mas a qualidade da equipe está na defesa. Com o bom goleiro Carini (Internazionale), os zagueiros Fucile (Porto), Diogo (Zaragoza) e Lugano (Fenerbahce) e o volante Pablo García (Celta), a equipe promete não dar alívio aos adversários nesta Copa América. O time de Oscar Tabárez deve passar da primeira fase, até pela fragillidade de seus adversários, mas chegar ao título é um sonho ainda distante. Se realizado, lembrará o feito de quase 60 anos atrás. A batalha começa no dia 26, no jogo de estréia contra o Peru. Time base (4-4-2): Fabián Carini, Carlos Diogo, Diego Lugano, Darío Rodríguez e Jorge Fucile; Pablo García, Diego Pérez, Fabián Canobbio e Alvaro Recoba; Fabián Estoyanoff e Carlos Bueno.

Peru (27 participações; campeão em: 1939 e 1975) - Seleção também envolvida em um possível boicote ao torneio, entra na competição como coadjuvante. Sediou a última edição do torneio, em 2004, mas parou nas quartas-de-final. O técnico Julio Cesar Uribe voltou ao comando da equipe em março deste ano, depois de cinco anos de ausência. Ele havia dirigido a seleção nas eliminatórias para o mundial de 2002, sem sucesso. A base do time é boa e possui jogadores de qualidade. Os principais destaques estão no ataque, com Farfán e Pizarro (na foto abaixo, ele comemora gol contra a rival Bolívia), ambos atuam no futebol europeu. Mas o experiente meia Nolberto Solano ainda não tem presença confirmada e pode ficar de fora. Mas não deve haver muitas surpresas na convocação final do próximo dia 11. Outros jogadores importantes, como o atacante Paolo Guerrero, companheiro de Pizarro no Bayern, e os zagueiros Vargas e Alberto Rodriguez são presenças certas para a disputa da Copa América. Mas a equipe terá que apresentar um bom futebol se quiser passar desta chave, onde disputará, possivelmente, a segunda posição com a Venezuela, equipe anfitriã. Entretanto, neste grupo, com seleções de mesmo nível, tudo é possível. Time base (4-4-2): Juan Flores; Martín Hidalgo, Walter Vílchez, Paolo de la Haza e Ismael Alvarado; Juan Carlos Bazalar, Juan Mariño, Alexander Sánchez e Jair Céspedes; Jefferson Farfán e Cláudio Pizarro.