sexta-feira, 8 de junho de 2007

Seleções do Grupo A

Venezuela (15 participações; melhor participação: 5°, em 1967) - A seleção "Vinotinto", como é carinhosamente chamada pela população local, chega para a disputa da Copa América confiante. Além de sediar o torneio pela primeira vez, resultados recentes têm deixado os venezuelanos mais atentos ao futebol - o esporte preferido do país é o beisebol. Nas eliminatórias para o mundial de 2002, a seleção venceu quatro dos últimos cinco jogos e pela primeira vez não terminou na última colocação, deixando a lanterna para o Chile. Em 2006, a Venezuela ficou em oitavo, também longe da vaga para a Copa. Mas as cinco vitórias na campanha mostraram que essa seleção era muito superior àquelas anteriores. Com Richard Páez no comando desde 2001, a Venezuela tem passado por um processo de reestruturação. A principal figura desta fase de renovação é o versátil meia-atacante Juan Arango (foto acima: www.goal.com), que atua no futebol espanhol desde 2004, defendendo o Mallorca. Mas o problema é a falta de experiência internacional da equipe. Na Copa América, jogando em casa, a seleção deseja ao menos passar da primeira fase e deixar a ridícula marca de apenas uma vitória na história da competição para trás. E pelo menos nos amistosos deste ano a equipe tem mostrado um significativo avanço: 4 vitórias e 2 derrotas, sendo um triunfo sobre a Suécia. Time base (4-4-2): Renny Vega; Rubén Yori, José Manuel Rey, Grendy Perozo e Luis Vallenilla; Pedro Fernández, Jesús Meza, David Páez, Jesús Meza e Juan Arango; Giancarlo Maldonado e Fernando De Ornelas.


Bolívia (22 participações; campeã em 1963) - Ultimamente, nem se fala muito de Copa América por lá. O veto da FIFA sobre jogos com mais de 2500 metros de altitude deixou os bolivianos furiosos. Até ameaçaram não ir para disputa do torneio na Venezuela, mas agora já têm sua participação confirmada. A seleção é conhecida por só jogar bem quando atua em seus domínios. E na Copa América não é diferente. Foi campeã em 1963, quando o torneio ainda era chamado de Campeonato Sul-Americano, e vice em 1997, quando perdeu a final para o Brasil. Mas a Bolívia ainda busca seu espaço no cenário do futebol sul-americano. Se classificou para a Copa de 1994, mas, desde a derrota na final da Copa América de dez anos atrás, a equipe acumulou insucessos. Nas eliminatórias para o mundial 2006, ficou na última posição. Sem Baldivieso e Etcheverry, perdeu muito em qualidade. Da equipe de hoje, além de Galindo e Vaca, Arce figura como principal jogador e é considerado como a principal revelação do futebol boliviano dos últimos anos. Ele começou no Tahuichi, se mudou para o Oriente Petrolero e atualmente defende o Corinthians. Chegou a ser contratado por empréstimo pela Portuguesa, mas, por problemas de documentação, deixou o clube. Arce atuou como titular por várias partidas, mas, com a chegada de Carpegiani, as coisas mudaram e ele ocupa apenas o banco de reservas. Mesmo assim, ele é a principal - ou talvez única - esperança para a Bolívia na Copa América (na foto acima, ele em ação pelo Oriente Petrolero). Passar da primeira fase é o principal objetivo da equipe dirigida por Erwin Sanchez, ex-jogador esteve presente nos melhores momentos da Bolívia, na Copa de 1994 e na Copa América de 1997. Time base (4-4-2): Sergio Galarza; Nicolás Suárez, Juan Manuel Peña, Oscar Sánchez e Lorgio Álvarez; Ronald García, Gualberto Mojica, Gonzalo Galindo e Joselito Vaca; Arce e Nelson Sossa.

Uruguai (39 participações; campeão em: 1916, 1917, 1920, 1923, 1924, 1926, 1935, 1942, 1956, 1959, 1967, 1983, 1987, 1995) - Maior campeão do torneio com 14 triunfos, ao lado da Argentina, a seleção uruguaia quer reconquistar seu espaço no futebol, onde construiu uma bela história, recheada de grandes conquistas. Na década de 20, ganhou por duas vezes a medalha de ouro nas Olimpíadas, nos anos de 1924 e 1928. Dois anos depois do último feito dourado, entrou para a história conquistando a primeira Copa do Mundo, realizada no próprio país. Foi campeã também da primeira Copa América, em 1916. Porém o feito de maior expressão ainda é a Copa de 1950. Na final no Maracanã, o Brasil perdeu para o Uruguai por 2 a 1, naquele que foi um dos episódios mais tristes do futebol brasileiro e mais espetaculares da história do futebol. No entanto, a seleção atual não reluz como aquela, uma das pioneiras do futebol. Nas eliminatórias para o último mundial, fracasso na repescagem diante da Austrália. A seleção possui alguns jogadores brilhantes, como Forlan e Recoba (na foto acima, ele comemora o gol que levou o Uruguai à repescagem: AP), mas a qualidade da equipe está na defesa. Com o bom goleiro Carini (Internazionale), os zagueiros Fucile (Porto), Diogo (Zaragoza) e Lugano (Fenerbahce) e o volante Pablo García (Celta), a equipe promete não dar alívio aos adversários nesta Copa América. O time de Oscar Tabárez deve passar da primeira fase, até pela fragillidade de seus adversários, mas chegar ao título é um sonho ainda distante. Se realizado, lembrará o feito de quase 60 anos atrás. A batalha começa no dia 26, no jogo de estréia contra o Peru. Time base (4-4-2): Fabián Carini, Carlos Diogo, Diego Lugano, Darío Rodríguez e Jorge Fucile; Pablo García, Diego Pérez, Fabián Canobbio e Alvaro Recoba; Fabián Estoyanoff e Carlos Bueno.

Peru (27 participações; campeão em: 1939 e 1975) - Seleção também envolvida em um possível boicote ao torneio, entra na competição como coadjuvante. Sediou a última edição do torneio, em 2004, mas parou nas quartas-de-final. O técnico Julio Cesar Uribe voltou ao comando da equipe em março deste ano, depois de cinco anos de ausência. Ele havia dirigido a seleção nas eliminatórias para o mundial de 2002, sem sucesso. A base do time é boa e possui jogadores de qualidade. Os principais destaques estão no ataque, com Farfán e Pizarro (na foto abaixo, ele comemora gol contra a rival Bolívia), ambos atuam no futebol europeu. Mas o experiente meia Nolberto Solano ainda não tem presença confirmada e pode ficar de fora. Mas não deve haver muitas surpresas na convocação final do próximo dia 11. Outros jogadores importantes, como o atacante Paolo Guerrero, companheiro de Pizarro no Bayern, e os zagueiros Vargas e Alberto Rodriguez são presenças certas para a disputa da Copa América. Mas a equipe terá que apresentar um bom futebol se quiser passar desta chave, onde disputará, possivelmente, a segunda posição com a Venezuela, equipe anfitriã. Entretanto, neste grupo, com seleções de mesmo nível, tudo é possível. Time base (4-4-2): Juan Flores; Martín Hidalgo, Walter Vílchez, Paolo de la Haza e Ismael Alvarado; Juan Carlos Bazalar, Juan Mariño, Alexander Sánchez e Jair Céspedes; Jefferson Farfán e Cláudio Pizarro.

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