terça-feira, 26 de junho de 2007

Seleções do Grupo C

Argentina (37 participações; campeã em: 1921, 1925, 1927, 1929, 1937, 1941, 1945, 1946, 1947, 1955, 1957, 1959, 1991, 1993) - Há mais de 13 anos sem conquistar um título, a seleção argentina quer acabar com a má fase e vencer a Copa América pela 15ª vez em sua história, se isolando como a maior campeã do torneio - o último título foi exatamente a Copa América, em 1993. Na última edição do torneio, realizado no Peru, a Argentina chegou a final, porém foi derrotada pelo Brasil, em uma partida que marcou profundamente os hermanos. Desde então, a seleção tem passado por uma renovação, que começou pela comissão técnica. Depois de dois fiascos consecutivos de Marcelo Bielsa, que também dirigiu a Argentina na Copa de 2002, José Pekerman passou a ser o treinador. Não fez um trabalho ruim, mas não conseguiu fazer com que a Argentina passasse das quartas-de-final na Copa da Alemanha. Os argentinos então recorreram a um homem conhecido, com experiências vitoriosas pela seleção: Alfio Basile. Ele havia dirigido a Argentina de 1990 a 1994, conquistando duas taças da Copa América. Saiu devido ao insucesso na Copa dos Estados Unidos. Na primeira conquista da época, em 1991, Basile tirou a Argentina de um jejum de 32 anos sem conquistar o torneio. Ele retornou em setembro passado, para tentar fazer o mesmo. Se na comissão técnica, um velho homem voltou à ativa, entre os jogadores, a aposta está nas novas revelações e em jogadores que eram pouco aproveitados há alguns anos. As maiores esperanças estão em Messi, craque do Barcelona e possível sucessor de Maradona, pelas jogadas semelhantes ao gênio argentino de outros tempos (na foto acima, ele comemora seu primeiro gol em copas, sobre a Sérvia: Getty Images). Tévez, que fez uma boa temporada no West Ham, também aparece como um destaque ofensivo da equipe. Ele atuou no fracasso de 2004, mas agora quer reconquistar seu espaço na seleção. Basile também convocou jogadores que fizeram sucesso pela seleção, como Verón e Riquelme. Do Boca, também foram chamados o atacante Palacio e o lateral Ibarra, que recentemente conquistaram a Copa Libertadores sobre o Grêmio. A equipe, pelo menos no papel, possui o melhor elenco da Copa América. Resta saber se esse elenco fará real diferença contra os adversários, especialmente na estréia, diante dos Estados Unidos, na quinta-feira. Convocados: Goleiros - Roberto Abbondanzieri (Getafe - ESP), Juan Pablo Carrizo (River Plate) e Agustín Orión (San Lorenzo); Defensores - Roberto Ayala (Valencia - ESP), Javier Zanetti (Internazionale - ITA), Nicolás Burdisso (Internazionale - ITA), Hugo Ibarra (Boca Juniors), Daniel Díaz (Boca Juniors), Gabriel Milito (Zaragoza- ESP), Gabriel Heinze (Manchester United - ING); Meias - Lucho González (Porto - POR), Javier Mascherano (Liverpool - ING), Esteban Cambiasso (Internazionale - ITA), Fernando Gago (Real Madrid - ESP), Pablo Aimar (Zaragoza - ESP), Juan Sebastián Verón (Estudiantes de La Plata) e Juan Román Riquelme (Boca Juniors); Atacantes - Lionel Messi (Barcelona - ESP), Hernán Crespo (Internazionale - ITA), Diego Milito (Zaragoza - ESP), Carlos Tévez (West Ham - ING) e Rodrigo Palacio (Boca Juniors).

Estados Unidos (2 participações; melhor colocação: 4° lugar em 1995) - Sem Donovan e Beasley, o técnico Bob Bradley terá trabalho em armar a seleção americana para a disputa da Copa América. Além dos dois desfalques ofensivos, Bocanegra, Dempsey e Mastroeni também ficaram fora da convocação final. O técnico quer formar uma base de jogadores novos e que atuem na MLS, a Major League Soccer. Bob era assistente de Bruce Arena, que dirigiu os Estados Unidos na última campanha. Um fiasco. A seleção terminou na 25ª colocação, longe do 8° lugar de 2002. Mas, nesta competição, os norte-americanos querem mostrar melhores resultados. Quatorze, dos 22 convocados, têm menos de 26 anos e 15 atuam na MLS. O jogador mais experiente do elenco é o goleiro Kasey Keller, de 33 anos e que disputa sua segunda Copa América (na foto acima, ele faz uma bela defesa contra a Itália na Copa da Alemanha: Patrick Seeger © Scanpix). Na final da Copa Ouro, disputada em solo americano no último domingo, os Estados Unidos venceram o México por 2 a 1, mas, durante o torneio, foram usados jogadores que não estarão na Venezuela. Estranho e muito ruim para a seleção, que terá que se desdobrar para, pelo menos, ser um dos dois melhores terceiros colocados e se classificar para a segunda fase. Convocados: Goleiros - Brad Guzan (Chivas - EUA), Kasey Keller (Borussia Moenchengladbach -ALE); Defensores - Jonathan Bornstein (Chivas - EUA), Bobby Boswell (D.C. United - EUA), Dan Califf (Aalborg BK - DIN), Jimmy Conrad (Kansas City Wizards - EUA), Jay DeMerit (Watford FC - ING), Drew Moor (FC Dallas - EUA), Heath Pearce (FC Nordsjaelland - DIN), Marvell Wynne (Toronto FC - EUA); Meias - Kyle Beckerman (Colorado Rapids - EUA), Ricardo Clark (Houston Dínamo - EUA), Benny Feilhaber (Hamburgo - ALE), Eddie Gaven (Columbus Crew - EUA), Sacha Kljestan (Chivas - EUA), Justin Mapp (Chicago Fire - EUA), Lee Nguyen (PSV Eindhoven - HOL), Ben Olsen (D.C.United - EUA); Atacantes - Charlie Davies (Hammarby IF - SUE), Herculez Gomez (Colorado Rapids - EUA), Eddie Johnson (Kansas City Wizards - EUA), Taylor Twellman (New England Revolution - EUA).

Paraguai (32 participações; campeão em: 1953 e 1979) - A seleção paraguaia é conhecida por dar trabalho para os grandes e por sempre estar presente em competições internacionais - participou de 7 mundiais. Mas, ultimamente, tem ficado nisso. Na Copa América, o técnico Gerardo Martino espera mais de sua seleção. Ele chegou ao comando do Paraguai em fevereiro deste ano, credenciado pelo título Apertura e pela boa campanha na Libertadores à frente do Libertad. Na convocação final não houve muitas surpresas, a não ser o atacante Dante López. O jogador do Crotone, time da segunda divisão italiana, segundo Martino, "é um homem que será útil nas jogadas de velocidade". Quem também é veloz e estará na Venezuela é o atacante Roque Santa Cruz. Muito querido no Paraguai, onde é chamado de "Babygol", Roque é o principal destaque da seleção e dele são esperados muitos gols na competição, coisa que ele ao menos tenta fazer no Bayern de Munique (foto acima: Armando Franca). Outros destaques são os atacantes Cabañas e Cuevas, ambos do América do México e o meia Julio dos Santos, que também atua no Bayern de Munique. Mesmo com a falta de novidades nessa seleção, espera-se que o Paraguai passe da primeira fase. O difícil mesmo será passar das quartas-de-final - nas últimas seis campanhas, o Paraguai caiu neste estágio em cinco oportunidades. Convocados: Goleiros - Justo Villar (Newell´s Old Boys -ARG), Aldo Bobadilla (sem clube),Joel Zayas (Bolívar - BOL);Defensores -Claudio Morel (Boca Juniors - ARG), Paulo Da Silva (Toluca - MEX), Darío Verón (Pumas - MEX), Julio César Cáceres (Tigres - MEX), Julio Manzur (Guaraní);Meias - Julio Dos Santos (Bayern de Munique - ALE), Jonathan Santana (Wolfsburgo - ALE), Enrique Vera (LDU - EQU), Edgar Barreto (NEC - HOL), Carlos Bonet (Libertad), Cristian Riveros (Libertad), Edgar González (Cerro Porteño), Aureliano Torres (San Lorenzo - ARG), José Domingo Salcedo (Cerro Porteño); Atacantes - Nelson Cuevas (América - MEX), Salvador Cabañas (América- MEX), Roque Santa Cruz (Bayern de Munique - ALE), Oscar Cardozo (Newell´s Old Boys - ARG), Dante López (Crotone - ITA).

Colômbia (17 participações; campeã em 2001) - Em 2001, a seleção colombiana mostrou que é uma das mais importantes da América do Sul e venceu a Copa América em cima do México, por 1 a 0, atuando em casa. Nesta edição, a Colômbia quer repetir o bom resultado de seis anos atrás e surpreender os favoritos. Para isso, o treinador Jorge Luis Pinto formou um time que mescla experiência e juventude. O experiente de mais destaque é o zagueiro Córdoba, que fará dupla com Perea. Ambos são zagueiros ágeis e de muita força física. Os ataques adversários encontrarão muita rigidez nesta defesa. Do meio pra frente o grande destaque é o meia David Ferreira, que atua no Atlético Paranaense. Ele tem sido o principal jogador atleticano desde o ano passado, feito gols e mostrado um futebol de muita eficiência. Sob o comando de Luis Pinto ele ganhou espaço na equipe e é a principal esperança dos colombianos nesta Copa América (na foto acima, ele treina pelo Atlético Paranaense: Franklin de Freitas) . Mesmo depois da conquista de 2001, a seleção ficou fora das últimas duas Copas do Mundo, perdendo espaço para o Equador. Na última Copa América, parou nas semifinais. Desta vez, a Colômbia terá que deixar a irregularidade recente de lado e se esforçar para repetir as duas últimas boas campanhas. Convocados: Goleiros - Miguel Calero (Pachuca - MEX), Róbinson Zapata (Cúcuta) e Agustín Julio (Tolima); Defensores - Ivan Ramiro Córdoba (Internazionale - ITA), Amaranto Perea (Atlético de Madrid - ESP), Mario Alberto Yepes (PSG - FRA), Aquivaldo Mosquera (Pachuca - MEX), Jaír Benítez (Cali), Javier Arizala (Tolima) e Gerardo Vallejo (Tolima); Meias - Jorge Banguero (América), John Viáfara (Southampton - ING), Jaime Castrillón (Medellín), Camilo Zúñiga (Nacional), Macnelly Torres (Cúcuta), Álvaro Domínguez (Cali), Andrés Chitiva (Pachuca - MEX), David Ferreira (Atlético Paranaense - BRA), Fabián Vargas (Internacional - BRA), Vladimír Marín (Libertad - PAR); atacantes - Sergio Herrera (Cali), César Valoyes (Medellín), Hugo Rodallega (Monterrey - MEX), Luis Gabriel Rey (Morelia - MEX), Edixon Perea (Bordeaux - FRA).

Um comentário:

Wanderson "Wans" disse...

Cara, quem precisa comprar jornais pra saber notícias do esporte?
Bobagem, é só te linkar....
Legal.
A propósito.... você é jornalista?