quinta-feira, 28 de junho de 2007

Chile vence de virada e Brasil decepciona na estréia

- Ontem, Chile e Equador e Brasil e México deram o pontapé inicial do grupo B. O Chile surpreendeu, batendo o Equador de virada, naquela que foi a melhor partida do torneio até aqui. O Brasil entrou em campo com certa confiança, para enfrentar um México desestabilizado. Mas quem mostrou desorganização foi a seleção brasileira, que foi derrotada logo na estréia da competição. No domingo, o Brasil pega o Chile no fim da tarde, enquanto o México mede forças com o Equador. As duas partidas serão realizadas na cidade de Maturín.

Virando a mesa
- A partida entre Chile e Equador começou com muito equilíbrio e cautela. Pelo menos até os 15 minutos do primeiro tempo. Depois do tiro de meta, Mendez dominou a bola no meio-campo e fez um lindo lançamento para Valencia, pegando a zaga chilena mal posicionada. Ele recebeu em velocidade, invadiu a área e tocou na saída do goleiro para abrir o placar em Puerto Ordaz. Mas o Chile não se assustou com o gol e empatou a partida minutos depois. Suazo tabelou na entrada da área com seu parceiro de ataque Navia e acertou um lindo chute, que o goleiro Mora não conseguiu interceptar (na foto ao lado, Suazo finaliza para o gol: Reuters). Em ritmo frenético, o Equador partiu pra cima do Chile e conseguiu retomar a vantagem no placar. Aos 22, depois do cruzamento da direita, Valencia cabeceou por trás da zaga, o goleiro Bravo não alcançou e Benítez completou para o gol. Os equatorianos se animaram e quase chegaram ao terceiro. Castillo fez boa jogada e acertou o travessão do gol chileno. Jogando melhor, o Equador manteve o ritmo na segunda etapa. Já o Chile apresentou muitos erros no meio-campo e não conseguia encaixar bons contra-ataques. Mesmo assim, a equipe de Nelson Acosta conseguiu chegar ao empate e à virada. Aos 34 minutos, Lorca, que saiu do banco de reservas, enxergou dois homens sozinhos no lado esquerdo da grande área. Ele fez um consciente lançamento para Suazo, que dominou bonito no peito, depois da falha de marcação de De La Cruz, e bateu forte na saída do goleiro Mora, marcando o segundo dele no jogo. Com um Equador abatido e já satisfeito com o empate, o Chile aproveitou para virar o placar. E com mais um belo gol. Villanueva, que entrou durante a partida, fez uma cobrança de falta quase perfeita, no ângulo esquerdo da meta equatoriana. Uma espetacular vitória, para um time que era considerado como um mero coadjuvante neste grupo. Pode muito bem se classificar entre os dois primeiros. Já o Equador tem a difícil missão de conseguir bons resultados contra México e Brasil, se quiser passar para a segunda fase e não repetir o fracasso de 2004.

De sorriso amarelo
- Foi assim que a seleção brasileira ficou depois da derrota diante do México, que viveu momentos ruins antes da estréia na Copa América. Mas, no começo do jogo, as coisas andavam bem para o Brasil. Atuando com cinco homens no meio-campo, Vagner Love no ataque e com Doni no gol, uma surpresa para quem esperava Hélton entre os titulares, a seleção mostrou um bom posicionamento defensivo e conseguia trabalhar a bola no campo de ataque. Começou tão bem, que, aos 6 minutos, até abriu o placar. Maicon chutou da entrada da área e, na sequência do lance, Diego completou para o gol. Mas o bandeirinha acabou vendo impedimento do meia do Werder Bremen onde não existia irregularidade alguma. Robinho, aos 22, tentou de bicicleta, mas errou o alvo. O Brasil continuou jogando com a bola no pé, mas, em um erro na saída de bola, o México iniciou a contagem de gols em Puerto Ordaz. Cacho dominou a bola na meia direita e fez um bom lançamento para o atacante Nery Castillo. O jogador do Olympiakos recebeu na grande área, aplicou um lindo chapéu em Maicon e tocou na saída de Doni (foto abaixo: AP). Um belo gol que deixou o Brasil atordoado em campo. A partir daí, os meias da seleção brasileira passaram a errar passes e dar chances para os jogadores mexicanos dominarem o jogo. A falta de tranquilidade atrapalhou, principalmente no lance que originou o segundo gol do México, três minutos depois do primeiro. Diego perdeu a posse da bola ainda no campo de defesa e fez falta na entrada da área. Morales foi para a cobrança e acertou o canto direito do gol. Doni ficou paralisado, mas sem razão. Daria para o arqueiro da Roma ter alcançado a bola, se tivesse saído do chão. O México tomou conta da partida e deu poucas chances para o Brasil criar jogadas de qualidade no ataque. A última boa chance do primeiro tempo surgiu com Robinho, que chutou com perigo de fora da área, aos 42 minutos. Dunga decidiu mexer no esquema 4-2-3-1 e colocou dois homens de força ofensiva: Afonso Alves no lugar de Diego e Anderson, agora jogador do Manchester United, no posto de Elano, que fez um primeiro tempo muito ruim. O Brasil voltou com outra cara para a segunda etapa. Robinho entrou mais ligado e o entrosamento com Anderson gerou muitas chances de gol para a seleção. Logo aos 6, depois do cruzamento de Gilberto, Anderson dominou no peito e bateu à esquerda do gol. Aos 15, Robinho ligou com Anderson, que fez bom cruzamento para a grande área. Afonso Alves dominou e bateu de primeira, mas o goleiro Ochoa fez boa intervenção. A seleção brasileira dominava a partida e criou muitas chances de gol, sempre com a participação de Robinho na criação das jogadas. Aos 27, foi ele quem passou por dois marcadores pelo lado direito e acertou o travessão. Dois minutos depois, Alex apareceu na grande área para aproveitar o escanteio, mas Pinto tirou em cima da linha. Mesmo pressionando por toda a segunda etapa, o Brasil foi ineficiente em passar pelo goleiro Ochoa e pela zaga mexicana. E ainda quase sofreu o terceiro gol, em jogada de contragolpe. Aos 47, Castillo recebeu sozinho no ataque, driblou Doni e, incrivelmente, errou o gol vazio, chutando à direita. Méritos para o México, que aproveitou os erros do Brasil no primeiro tempo e as chances que teve de marcar. A seleção chegou nesta Copa América em um clima nada favorável para a disputa do torneio. Jogadores importantes, como Osorio, Pardo e Salcido, pediram dispensa da seleção, alegando o cansaço da temporada européia. Para a estréia, o técnico Hugo Sánchez perdeu o volante Guardado, machucado, além do artilheiro Borgetti, que foi cortado da competição por contusão. Sánchez também vinha sendo duramente criticado pela imprensa, principalmente pela derrota na final da Copa Ouro diante dos Estados Unidos. Hoje, nos jornais mexicanos, a história era outra. Ele foi saudado pela imprensa e virou herói nacional. "Hugo Sánchez para presidente"", estampou o jornal local El Universal. Já o Brasil lamenta o fracasso logo na estréia da competição. Apesar do bom segundo tempo, a seleção não conseguiu reverter a desvantagem. Mas a boa atuação no segundo tempo pode render mudanças táticas para a partida contra o Chile, apesar da cautela e mistério de Dunga sobre o assunto. "A gente tem que pensar. A gente assistiu duas vezes o jogo com o México, analisamos algumas situações que são internas e não podemos revelar", declarou o técnico da seleção nesta quinta, deixando dúvidas sobre quem será titular no domingo.

Um comentário:

Gerson Sicca disse...

Felipe, cheguei ao teu blog pelo blog do arthur virgílio. Estás convidado a conhecer o meu: limponolance.blogspot.com
Espero q gostes.
Abraço
Gerson