sábado, 23 de junho de 2007

Seleções do Grupo B

Brasil (31 participações; campeão em: 1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999 e 2004) - A Seleção entra na primeira competição oficial depois do fiasco na Copa da Alemanha e busca manter a hegemonia no torneio na última década - nas últimas 4 participações, 3 títulos. Como em 2004, o Brasil entra com uma Seleção sem as principais estrelas, mas a diferença é a renovação da equipe. Com as ausências de Kaká e Ronaldinho, que optaram por não participar do torneio para descansar da temporada européia, e Lúcio, machucado, Dunga convocou jogadores novos, que nunca defenderam a amarelinha em uma competição oficial. O capitão do tetra também é novato em torneios oficiais como treinador e tenta, através de uma política de renovação de peças, montar uma boa base de jogadores, já visando a próxima Copa do Mundo. Depois da preparação na Granja Comary, que durou nove dias, a Seleção viajou para a Venezuela na última quinta-feira, com atraso de três horas no vôo. A equipe está hospedada na cidade de Puerto La Cruz, onde ficará por toda a primeira fase. O desafio começa na quarta-feira, contra o México. Dunga vem treinando com a mesma equipe que usou em Teresópolis e deve usar a formação contra os mexicanos (ontem, Dunga comandou treino na Venezuela: AP). O provável lateral-direito seria Daniel Alves, mas Dunga deve escalar Maicon para a posição, já que o jogador do Sevilla disputa a final da Copa do Rei neste sábado. O técnico também aposta no trio ofensivo que fez sucesso no Santos: Elano, Robinho e Diego. O Brasil chega confiante para o torneio e, é claro, também chega como favorito. Mas ainda falta a essa nova Seleção mostrar o futebol que a consagrou na última década. A chance é agora, em um torneio de nível continental. Time base (para a estréia): Hélton; Maicon, Alex, Juan e Gilberto; Mineiro, Gilberto Silva, Elano e Diego; Robinho e Vagner Love.

México (6 participações; vice em 1993 e 2001) - A seleção busca conquistar a primeira Copa América da sua história. E para isso, tenta esquecer as eliminações nas oitavas-de-final das últimas 4 Copas do Mundo - a última, que aconteceu em uma dolorosa derrota por 2 a 1 para a Argentina na prorrogação. O ex-craque e agora treinador da Seleção mexicana, Hugo Sanchéz, promete um time com um estilo diferente de jogo, que privilegie o ataque e a velocidade. Como o próprio Jorginho, auxiliar-técnico de Dunga na Seleção brasileira, disse: "Eles (os mexicanos) têm uma saída muito rápida da defesa para o ataque, setor em que mesclam velocidade a uma forte jogada de área". Se o versátil zagueiro do Barcelona e capitão do México, Rafael Márquez, der conta do recado na defesa, as coisas realmente podem funcionar na parte ofensiva (na foto acima, ele comemora gol contra a Argentina na última Copa do Mundo: Reuters). Sanchéz convocou o cabeceador Borgetti e o habilidoso e experiente Blanco, Bautista, além do goleador do Chivas, Omar Bravo. No meio-campo, ele conta com a força de Palencia, Medina e Guardado. Mas nem tudo é flores no México. As ausências de Pavel Pardo, Salcido e Ricardo Osorio são muito sentidas. A equipe aparece como favorita, depois de Brasil e Argentina, e deseja fazer história no torneio, desbancando os sul-americanos. Além disso, os mexicanos querem deixar de lado a marca de "time perigoso" e conquistarem a marca de "time campeão", de preferência, da Copa América deste ano. Convocados: Goleiros - Oswaldo Sánchez (Santos), Guillermo Ochoa (América) e Jesús Corona (Tecos); defensores - Jonny Magallon (Guadalajara), Fausto Pinto (Pachuca), Rafael Márquez (Barcelona-ESP), Israel Castro (UNAM), Gonzalo Pineda (Guadalajara), José Antonio Castro (América), Francisco Rodríguez (Guadalajara); meias - Gerardo Torrado (Cruz Azul), Jaime Correa (Pachuca), Ramón Morales (Guadalajara), Jaime Lozano (Tigres), Andrés Guardado (Atlas), Fernando Arce (Monarcas); atacantes - Alberto Medina (Guadalajara), Omar Bravo (Guadalajara), Adolfo Bautista (Guadalajara), Cuauhtémoc Blanco (América), Nery Castillo (Olympiacos-GRE), Jared Borgetti (Cruz Azul), Juan Carlos Cacho (Pachuca).

Chile (33 participações; vice em 1955, 1956, 1979, 1987) - Desde a classificação para a Copa do Mundo de 1998, realizada na França, os chilenos acumularam insucessos, tanto na Copa América, como nas Eliminatórias. Com o treinador Nelson Acosta de volta desde 2004, ele comandou a equipe de 1996 a 2000, o Chile espera retomar o brilho da Seleção de alguns anos atrás, que mesmo sem conquistar títulos, possuía craques como Sierra, Salas e Zamorano e surpreender nesta edição da Copa América. E para enfrentar os favoritos Brasil e México no grupo B, a seleção aposta no talento de um jogador, que é o símbolo da atual equipe. Valdívia, apelidado de o Mago, começou a sua carreira no Colo Colo e agora defende o Palmeiras, onde é muito querido desde quando aportou no Parque Antarctica (foto abaixo: www.dalealbo.cl). No clube, ele tem sido o principal jogador da atual temporada e tem feito falta para a equipe de Caio Junior. Com sua habilidade, velocidade e toques refinados, agora ele tenta colocar o Chile no rol de campeões da Copa América. E não é só ele que está focado neste desafio. A seleção foi a primeira a chegar na Venezuela, na quarta-feira à noite, e já está concentrada na cidade de Puerto Ordaz, onde ficará durante a primeira fase. Apesar de um certo otimismo, o Chile terá que mostrar um futebol realmente efetivo, em um grupo de seleções superiores e mais preparadas. Para isso, outros jogadores importantes terão que atuar bem, como Tello, Mark González e a revelação ofensiva Matias Fernández, até para suprir as sentidas ausências de Maldonado, Jímenez, Alexis Sanchéz e Vidal - os dois últimos disputarão o Mundial Sub-20. A estréia será contra o Equador, no dia 27. Convocados: Goleiros - Claudio Bravo (Real Sociedad-ESP), Nicolás Peric (Audax Italiano) e Fernando Hurtado (Cobreloa); defensores - Pablo Contreras (Celta-ESP), Ismael Fuentes (Jaguares-MEX), Ormeño (Gimnasia La Plata-ARG), Sebastián Roco (Santiago Wanderers), Rodrigo Tello (Sporting-POR), Jorge Vargas (Salzburgo-AUT), Gonzalo Jara (Colo Colo), Miguel Riffo (Colo Colo) e Boris Rieloff (Audax Italiano); meias - Jose Luis Cabión (Melipilla), Matías Fernández (Villarreal-ESP), Gonzalo Fierro (Colo Colo), Manuel Iturra (Universidad de Chile), Arturo Sanhueza (Colo Colo), Rodrigo Melendez (Colo Colo) Jorge Valdivia (Palmeiras-BRA), Carlos Villanueva (Audax Italiano) e Mark González (Liverpool-ING); atacantes - Roberto Gutiîrrez (Universidad Católica), Reinaldo Navia (Atlas-MEX), Rodolfo Moya (Audax Italiano), Juan Gonzalo Lorca (Colo Colo) e Humberto Suazo (Colo Colo).

Equador (23 participações; melhor colocação: 4° em 1959 - torneio Extra, que só contou com 5 seleções- e 1993) - Depois da classificação para os dois últimos mundiais, no último, uma campanha surpreendente até às oitavas, o Equador busca fazer uma boa campanha também na Copa América. O técnico Luis Suarez manteve a base da equipe que disputou a Copa da Alemanha e procura provar a evolução que a seleção tem experimentado nos últimos anos no torneio sul-americano. Em 2004, esperava-se do Equador até mesmo o título, mas a equipe caiu na primeira fase com três derrotas e terminou na última colocação. O Equador de 2007 quer fazer diferente e fazer história conquistando o título. A equipe novamente chega como uma das favoritas e terá grandes desafios logo na primeira fase, diante de México e Brasil. No último mundial, a equipe mostrou que o setor mais forte da equipe é o ofensivo, comandado por Carlos Tenório e Agustín Delgado, que juntos marcaram 4 dos 5 gols do Equador na competição (na foto ao lado, Tenório marca contra a Costa Rica no Mundial 2006: BBC). Porém, a equipe vai disputar o torneio sem Delgado, que foi suspenso por um ano pela FIFA, depois de uma série de agressões entre jogadores da LDU e Barcelona, na final do Campeonato Equatoriano. Já jogadores importantes como De La Cruz, Edwin Tenório, Méndez, Valencia e Reasco, estão confirmados na seleção. Convocados: Goleiros - Cristian Mora (LDUQ) e Marcelo Elizaga (Emelec); defensores - Renán Calle (LDUQ), Oscar Bagüí (Olmedo), Ulises de la Cruz (Reading - ING), Iván Hurtado (Atlético Nacional), Giovanny Espinoza (Vitesse - BEL), Jorge Guagua (Colón) e Néicer Reasco (São Paulo - BRA); meias - Edison Méndez (PSV - HOL), Antonio Valência (Wigan - ING), Segundo Castillo (Estrela Vermelha), Luis Caicedo (Olmedo), Edwin Tenorio, Patrício Urrutia (LDUQ), Walter Ayoví e David Quiróz (El Nacional); atacantes - Carlos Tenorio (Al Sadd), Félix Borja (Olympiacos), Cristian Benítez (El Nacional), Felipe Caicedo (Basel - SUI) e Pablo Palacios (Deportivo Quito).

Um comentário:

Vitor disse...

Graças a uma brilhante atuação do atacante Robinho, a grande incompetência do técnico da seleção brasileira pode passar desapercebida, que com as suas substituições terminou o jogo com praticamente quatro volantes, ele está se mostrando um técnico sem visão de jogo, e com um estilo retranqueiro, algo que degrada o futebol brasileiro, que não tem essa característica.
Apesar de ter ganho de três a zero do Chile, o Brasil mostra que se continuar com esse futebol não irá muito longe na competição, e não terá nenhuma chance contra a favoritíssima seleção da Argentina.