domingo, 1 de julho de 2007

Uruguai e Venezuela vencem no grupo A

- Depois de um dia de folga, a Copa América volta à ativa, com os jogos da segunda rodada da fase de grupos. Ontem, com muitas dificuldades, o Uruguai venceu a Bolívia com uma simples vitória de 1 a 0. Já a Venezuela bateu o Peru e assumiu a liderança do grupo A. Na próxima terça-feira, a Bolívia decide seu futuro no torneio diante do Peru, enquanto o Uruguai encara os donos da casa, também com a vaga para a segunda fase em jogo.

A essência da atual celeste
- Uruguai e Bolívia entraram no Pueblo Novo, em San Cristóbal, querendo a vitória a qualquer custo, principalmente o Uruguai. Depois do vexame na rodada de abertura, o técnico Oscar Tabárez tomou providências e modificou sua equipe. Na defesa, ele sacou Godin e colocou Scotti. No meio-campo, Estoyanoff e Cannobio deram lugar a Cristian Rodríguez e Pereira. As mudanças não provocaram efeitos miraculosos, até pela falta de opção, já que Recoba ainda se recupera de lesão na coxa direita e não tem condições de jogo. Mas o Uruguai se mostrou melhor nos minutos iniciais de partida. A Bolívia tentou impor o mesmo ritmo de toque de bola da partida de abertura, sempre trabalhando pelo lado direito com o atacante Arce, do Corinthians, mas a falta de precisão nos passes fez com que o Uruguai crescesse na partida. Não variava tanto como os bolivianos, mas a celeste atacava com mais profundidade e, principalmente, vontade de marcar gols. O primeiro tempo terminou com o placar de 0 a 0, angustiante para os uruguaios e também nada bom para os bolivianos. Na segunda etapa, de tanto insistir, o Uruguai chegou ao gol boliviano. Aos 12, Pereira passou pelo lado direito e levantou na grande área. A zaga boliviana estava bem colocada, mas deixou Forlán desviar a bola de leve. A interferência deixou o atacante Sanchez na cara do gol e ele só teve o trabalho de tocar a bola para o fundo das redes do goleiro Galarza (na foto ao lado, ele comemora o 1° gol do Uruguai nos ombros de Diego Pérez: AP). Mesmo sofrendo o gol, a Bolívia não mostrou muita disposição em buscar o empate, exceto nos minutos finais de partida, quando tentou o tradicional "abafa" contra os uruguaios. Foi um jogo ruim, bastante faltoso, talvez o pior da Copa América até agora. Mas valeu muito para o Uruguai, que precisava desta vitória de qualquer maneira. Se não possui o mesmo brilho das primeiras décadas de pioneirismo do último século, ao menos a garra e a vontade de vencer o Uruguai parece demonstrar que ainda possui. A Bolívia fez dois jogos bastantes burocráticos. Não mereceu vencer nenhum deles. Mostrou um futebol de toque de bola, até surpreendente em alguns momentos, como foi contra a Venezuela. Porém ficou na demonstração. Contra o Peru, a equipe do treinador Erwin Sánchez terá que mostrar um futebol mais eficiente e comprometido.

Anfitriões perto da vaga
- A Venezuela entrou no estádio Pueblo Nuevo com um só objetivo: não decepcionar a torcida novamente, depois do empate na estréia. O Peru foi a campo com a mesma equipe que goleou o Uruguai, enquanto o técnico Richard Páez, da Venezuela, trocou apenas o lateral-esquerdo Rojas por Rouga. O ambiente no estádio era bem propício para a festa dos venezuelanos, que ficaram com o grito de gol entalado na garganta logo nos minutos iniciais. Aos 5, Rey bate falta com violência, o goleiro Butrón rebate e Maldonado aproveita o rebote para abrir o placar. Mas o gol foi corretamente anulado pela arbitragem, que alegou impedimento do atacante. A euforia dos venezuelanos aumentou ainda mais quando García foi expulso por uma cotovelada em Maldonado, deixando os peruanos com um a menos logo aos 11 do primeiro tempo. No entanto, a Venezuela só fez valer a vantagem de um homem a mais na segunda etapa. Aos 3 minutos, depois do escanteio do lado esquerdo, Cichero subiu mais que a zaga peruana e marcou um bonito gol de cabeça, abrindo o placar e levando a torcida ao delírio (na foto ao lado, ele celebra o gol que abriu o placar da partida: AP). O Peru se lançou ao ataque e teve um pênalti não marcado pelo árbitro Benito Archundia, em uma infração clara sofrida por Pizarro. A Venezuela também teve um jogador expulso, aos 31 da segunda etapa. Páez chutou para o gol depois da paralisação do jogo e levou o segundo amarelo. Para o azar dos peruanos, a equipe da casa ampliaria o placar minutos depois, não dando chance alguma de reação. Maldonado lutou pela posse de bola no meio-campo e armou contragolpe para a Venezuela. Arismendi recebeu na meia esquerda, passou por dois marcadores e marcou um lindo gol, depois da conclusão rasteira no canto esquerdo do goleiro Butrón. A classificação da Venezuela ainda não está garantida, mas está próxima. Para isso, a equipe terá que conter o ímpeto do Uruguai na última rodada. Os donos da casa tem feito uma boa Copa América. A equipe consegue atacar com velocidade, não tem um toque de bola refinado, até pelas atuações discretas de Arango, porém tem criado e finalizado muito bem. O Peru parece não ter acordado da goleada histórica sobre o Uruguai, mas a boa vitória da primeira rodada ainda deixa a equipe em boa situação no grupo B. Na terça-feira, os peruanos enfrentam a Bolívia, lanterna com apenas um ponto e tem grandes chances de garantirem a classificação para as quartas-de-final.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bacana o blog! Já a seleção brasileira, deve voltar hj para casa, se continuar não jogando nada!

abraço!
http://somdosom.blogspot.com/